Friday, 10 June 2016

Some asanas more important than others. Is there such a thing?

I do not believe in this hierarchy. As all asanas mirror a mind-set, an internal subtle narrative, they can not be more important than others. However everything depends on perspectives. A preparation is required first in order for you to perform certain asanas. Body wise you should go through the foundational asanas or introductory poses such as Tadasada or mountain pose or even savasana or corpse pose before trying something like sirshasana.

In addition, as my teacher Carlos Eduardo says, the asanas start in the mind. It’s the mind that needs to seat on these subtle internal seats before the body. With my own mind only I can incorporate the scenery of the powerful forces of the creation or Uttanapad in the Uttanapadasana or the king inside the lion pose in the simhasana. According to the Rig vedas, the forces that create the entire Universe, that grows and brings the plants up towards the Sun is called Uttanapad and we should be able to meditate on this strength during Uttanapadasana.

Generally they all seem content or a class of ancient and precious teachings that should be absorbed by the practitioner according to his level of comprehension. Therefore certain asanas can not be indistinctively more important than other. All depends... Am I wrong gere?

Tadasana or mountain pose

Alguns asanas mais importantes que outros. Existem isso?


Nao acredito nesta hierarquia entre asanas...Como refletem uma condicao de mente, uma narrativa sutil interna, nao podem ser mais importantes que outros. No entanto, tudo depende de perspectivas. A mim Me parece que sentar nessa condicao interna requer sempre um preparo, uma educacao previa. Em nivel de corpo, para se chegar a cada um dos asanas estudados aqui, e preciso passar pelos asanas ou posturas corporais de fundacao, base como o Tadasana, o savasana ou pose do cadaver etc...

Ainda assim, como disse o meu professor Carlos Eduardo, o asana comeca na mente. E a mente que precisa se assentar nesses assentos sutis. Disto isso, com a minha propria mente apenas posso incorporar a energia e o cenario das forcas poderosas de criacao de Uttanapada ou mesmo a condicao de rei do leao.

De um modo geral, me parece que sao todos conteudos e classes de ensinamentos antigos e preciosos que devem ser absorvidos pelo praticante conforme o seu nivel de compreensao, a sua condicao...portanto, alguns asanas nao podem ser indiscriminadamente mais importantes que outros. Tudo depende...

Sera que estou errada aqui?


LEIA O QUE DIZ MEU PROFESSOR CARLOS EDUARDO:





Esta semana abrimos as aulas chamando sua atenção para um fato que permeia a literatura medieval do yoga: alguns asanas têm destaque especial em relação aos demais. É usual, nesses textos em Sânscrito, a menção a um certo número de asanas, sem citar os nomes, seguida da referência nominal a um punhado de asanas, e finalmente a descrição visual de uns poucos, dentre eles. Os textos dizem, explicitamente, que esses asanas são mais importantes (mukhyatará, shreshtha ou sarabhuta, em Sânscrito) que os outros.


Para alguém que tenha a curiosidade de conhecer melhor os asanas esse fato traz uma inquietação irresistível. Por que razão esses asanas têm mais importância que os outros?

A Hatha Ratna Avali (capítulo 3, frases 8 a 23) apresenta uma lista de 84 asanas (e dá os nomes de todos eles). Depois disso, destaca dez asanas mais importantes, dos quais vai descrever o formato de apenas quatro, que são mais importantes que os outros. Por fim afirma que o mais importante de todos é Siddhasanam, no qual se deve permanecer, sempre.

A Shiva Samhita (III, 84) afirma que há 84 asanas, dos quais são separados (adaya) quatro (siddha, padma, ugra e svastika), que são descritos no texto.

A Gheranda Samhita (II, 1 e 2) menciona que os asanas são tantos quantas são as espécies de seres vivos, e esse número é 84 lakshas (ou seja, 8.400.000). Depois afirma que, entre esses milhões de asanas, são destacados (vishishta) apenas 84. E dentre estes, somente 32 são importantes no mundo dos mortais. São estes últimos que a Gheranda descreve visualmente.

Nos textos originais que tomamos como referência para este curso, nove asanas, apenas, recebem destaque e têm o posicionamento do corpo descrito em quatro ou mais desses textos: Bhadra, Gomukha, Kukkuta, Mayura, Padma, Siddha, Simha, Svastika e Vira. Podemos tomar esses asanas como ponto de partida de nossa reflexão. O que eles têm de especial? O que eles têm em comum?

Com exceção ao mayurasanam, os outros oito asanas, dentre os nove mais frequentes, costumam ser recomendados para a prática de meditação e pranayama, pois são fisicamente representados por posicionamento do corpo assentado com a coluna vertebral verticalizada. Quatro dos nomes remetem a animais (gomukha, kukkuta, mayura e simha). Entre os animais estão a ave símbolo da Índia (o pavão é nativo da Índia) e o leão, que é oriundo da África.

Quatro dos nove asanas mais destacados podem ser usados como adjetivos designando boas qualidades (bhadra = que traz alegria, cordial, bom; gomukha = pacífico, bondoso; siddha = perfeito, bem sucedido; vira = heróico, virtuoso, poderoso).

Seja qual for a explicação que damos ao destaque destes asanas, parece que sempre esbarramos no caráter aparentemente heterogêneo dessa lista. Precisamos, portanto, encontrar elementos de significação que todos esses asanas compartilhem, apesar de suas diferenças.

Um elemento de significação compartilhado por todos eles é, certamente, o potencial que cada um desses nomes tem para criar cenários míticos para a nossa prática. Este é um elemento que você poderá conferir à medida que a leitura mítica de cada um deles for examinada, neste curso.

Mas há outro elemento que eles compartilham, no conjunto: cada um dos nove nomes designa algo que tem o poder de atrair nossa atenção - o que conduz à formação de um foco muito forte em nossa mente: uma pessoa cordial (bhadra), uma pessoa bondosa (gomukha), o porte de liderança do galo (kukkuta), a cauda do pavão (mayura), a beleza da flor de lótus (padma), a pessoa bem sucedida (siddha), o poder do leão (simha), a pessoa que faz tudo parecer bom (svastika) e a pessoa virtuosa (vira). Cada uma dessas nove palavras indica algo que inspira a curiosidade em nossa mente e evoca nossa capacidade de atenção.

Terá sido essa a razão da importância e destaque atribuídos a esses asanas?

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