Tuesday 21 June 2016

It's the International day of yoga Today, 21st June

Sirsasana in Thailand
If you ask me what is yoga about that's what I say.  I love this quote by Jivamukti yoga master Sharon Gannon: “You cannot do yoga. Yoga is your natural state. What you can do are yoga exercises, which may reveal to you where you are resisting your natural state.” The sage or rishi yoga decoder Patanjali has defined yoga 400 CE in his YOGA SUTRAS as yogas citta vritti nirodha. It means yoga is the mastering of the fluctuations of the mind. When the mind is free of all sorts of non stop responsiveness, when it is steady and stable that is Yoga. We are often so hostage of our body sensations, thoughts and emotions that we can barely see our true nature. The word Yoga comes from Sanskrit root yuj, which means "to join" or "to yoke". It is a practice, a tradition, philosophy and a science. However it is not a religion as there is absolutely no dogma to follow. 

Whereas the Hinduism is a big umbrella under which many philosophical approaches were followed in India in the ancient time, Yoga was seen as a tool to put in practice some of their theoretical aspects. So for instance when the sages spoke about purification or Saucha Yoga proposed cleansing Kriyas as a powerful way to detoxify and purify our bodies from inside out. If they focused on the spirit or soul or the breath of life Yoga talks about pranayamas or breathing exercises for the extension and control of prana (life force).  When we practice this richest ancient traditional teachings we  start to see ourselves in a different way and so the whole external world changes. We regain our natural freedom, peace, lucidity and dynamic energy back for our own benefit and for the benefit of all beings around us. I like to say that practising Yoga is one of the greatest benefits we can generate to the world. Happy yoga day everyday, guys!

Hoje e 21 de Junho, Dia Internacional do Yoga


Se boce me pergunta o que eh o Yoga, isso eh o que lhe respondo. Eu amo essa frase de um dos mestres to Jivamukti Yoga, Sharon Gannon: voce não pode fazer Yoga.  Yoga eh seu estado natural . O que boce pode fazer são exercícios de Yoga que podem rebelar onde voce esta resistindo ao seu estado natural. O sábio ou rishi decodificador do Yoga Patanjali definiu o Yoga 400 A.C no seu Yoga Sutras  como  as yogas citta vritti nirodha. Isso significa que Yoga e o domínio das flutuações da mente. Quando a mente esta livre de todo o tipo de responsividade, quando esta esta estavel isso eh Yoga. Nos somos constantemente reféns de nossas sensações corporais, pensamentos, emoções que quase que não podemos ver nossa verdadeira natureza. A palavra Yoga vem do radical yuj que significa unir, re-ligar. Eh uma pratica, uma tradição, filosofia e uma ciência. Contudo, não e uma religião já que não ha qualquer dogma a seguir.
Enquanto o Hinduísmo eh uma guarda-chuva sob o qual muitas abordagens filosóficas eram seguidas na India, Yoga era visto como uma ferramenta para por em pratica alguns daqueles aspectos teóricos. Então, por exemplo, quando os sábios falavam de purificação ou Saucha, Yoga propunha Kriyas como um poderoso modo de desintoxicar e purificar nosso corpo de dentro para fora. Se focavam no espirito ou alma ou no alento da vida, Yoga falava nos pranayamas ou exercícios respiratórios para controle e extensão do prana ou forca da vida.
Quando praticamos os ensinamentos dessa tradição antiga e riquíssima a gente começa a se ver de um modo diferente e assim todo o mundo externo muda. A gente reconquista nossa liberdade natural, paz, lucidez e energia dinâmica para o nosso próprio beneficio e para o benefícios de todos os seres ao nosso redor.Eu gosto de dizer que praticar Yoga e um dos grandes benefícios que podemos gerar para o mundo. Feliz dia do yoga todo os dias, gente!

Friday 10 June 2016

The heart of the Shivaism practice

Three poses reflect original aspects of Shiva's manifestations: Salabhasana, virabhadrasana and virasana. Shalaba ou Sharabha badly translated at least in two languages such as Portuguese and Spanish as lobster instead of locust does not match with its origin. It means locust in the Gheranda Samhita although the shape of both animals is similar. It is described as 2 hands close to each other pressing down the floor with feet 1 tasti or 45cm high up the floor. Salabha is one of the forms of virabhadra and Shiva. He destroys Narasimha who had Vishnu arrested tightly with his claws. That's why it is said that Shiva is one of the greatest devotee of Vishnu and vice versa.

The search for conquering the force of gravity that pulls us down and in order to elevate us above the ground, overcoming what is inferior mirrors Shiva's condition as a more natural God close the ordinary human mind. A refined sense for this pose salabhasana is the search of what is superior, subtle and indestructible residing in our hearts. In other words, as my teacher says, it's about the search for the wisdom to overcomes our limits in balance with the force that restrict us within the same limits.
Shalabasana variation with chin mudra

In the virabhadrasana, the physical condition of the hero is very clear. I always say to my students that not for any reason this pose has got this name. It takes a lot of determination, technique and endurance to perform it and hold it. However a look over the mythical aspect of the pose of the warrior virabhadra is even more interesting once it is similar to its mental attitude. As a warrior with angry wisdom, he uses this fearless force to stop negativities and any adharma or the break up of the Dharma(what should be/ the truth/the teachings/the path).


 virasana variation on a spinal twist                                                 virabhadrasana II or warrior pose 



No doubt this is also a form of wisdom. Many eastern traditions look at aspects of anger and fury as wisdom. The green colour in Buddhism is associated to the wrathful wisdom. It can also be understood as a transmuting wisdom, which is the reason for Shiva to exist. In virabhadrasana, besides the fact that we need to conquer all our own negativities and become hero of our internal battles, we should meditate on what comes as negative to transformed into positive through the wrathful action of the warrior. So we could enter the very heart of this practice.

The natural effortless and spontaneous enthusiasm resides in the pose of the hero virasana or Dhyana virasana. It's also got the virya quality or the benign beneficent and enthusiastic effort qualities of a victorious Shiva. The modern version of the pose introduced by Iyengar does not correspond to the description of the Hatha Yoga Pradipika or Gheranda Samhita in which the right foot come to our left side and the left foot comes to our right side. However the mind seats on the same place: the one where the enthusiasm flourishes intuitively from inside our hearts, having mastered our desires and passions and finally found out our true nature of love, kindness and compassion.

The hero vira would have abandoned an ordinary life in order to become a disciple of a master in search for his spiritual growth. I like to think that this master is Shiva, where our true enthusiasm comes from as well as our inner vocation or personal Dharma or Svadharma.



O coração da pratica do Shivaismo

Tres poses que refletem aspectos originais das manifestações de Shiva: Salabhasana, virabhadrasana e virasana. Shalaba ou Sharabha traduzida pelo menos em português e espanhol como lagosta não procede. Significa gafanhoto pela Gheranda Samhita, embora a forma dos dois animais se assemelha e eh descrita como duas mãos que se juntam no peito contra o chão e os pés se elevam 1 cúbito ou 1 tasti do chão. Ele e uma das formas do furioso virabhadra. Shalabha destrói Narasimha que tinha Vishnu preso nas suas garras. Dai se dizer que Shiva eh um dos maiores devotos de Vishnu e vice versa. 

A busca por conquistar a forca da gravidade que nos puxa para baixo e para se elevar acima do chão, vencendo o que eh inferior em nos espelha essa condição de Shiva como um Deus mais natural e próximo da mente ordinária dos homens. O sentido mais refinado da pose seria a busca do Superior, Sutil e indestrutível que reside nos nossos corações acima do inferior. Em outras palavras, como disse o professor, a sabedoria de ultrapassar esses limites em equilíbrio com a força para nos conter dentro desses mesmos limites.

No virabhadrasana, a condição física do herói eh bem clara. Sempre digo aos meus alunos que não eh a toa que esta postura tem esse nome. Ha que se empreender muita determinação, técnica e forca física na sua conquista e permanência. No entanto, o olhar sobre o aspecto mítico deste asana ainda eh mais interessante uma vez que se assemelha muito ah sua atitude mental . Como um guerreiro de sabedoria irada, ele usa a sua força intrépida para interromper a negatividade e o adharma ou o descumprimento do Dharma. Sem duvida, essa eh uma forma de sabedoria também. Muitas tradições orientais olham aspectos da ira e furia como sabedoria. A cor verde, no Budismo, eh associada a ela também chamada de sabedoria da causalidade. Esta também pode ser entendida como a sabedoria da transmutação, que eh a razão pela qual Shiva existe. Nesta pose, alem de conquistarmos todas as nossas próprias negatividades e nos tornarmos heróis de nossas próprias batalhas internas, também meditemos no que vier de negativo para nós sendo transformado em positivo atraves da ação irada de virabhadra ”. Assim estaríamos adentrando o coração dessa pratica!

O entusiasmo natural sem esforço e espontâneo reside na pose do herói Dhyana virasana . Ele também teria a qualidade virya ou a do esforço benigno, benfazejo, entusiasta e vitorioso de Shiva. A versao moderna iniciada por Iyengar não corresponda a descrição da Hatha Yoga Pradipika ou Gheranda Samhita na qual o pê direito estaria a nossa esquerda e o pé esquerdo ah nossa direita.No entanto, o assento da mente deve ser o mesmo: o entusiasmo que brota intuitivamente de dentro do nosso coração, tendo alcançado desejos e paixões e encontrando a nossa verdadeira natureza de amor, bondade e compaixão. Ele vira teria abandonado a vida comum ordinária para se tornar um discípulo fiel de um mestre em busca da elevacao espiritual. Gosto de pensar que esse mestre seria Shiva, de onde vem o nosso verdadeiro entusiasmo e a nossa vocacao ou Dharma pessoal.









Some asanas more important than others. Is there such a thing?

I do not believe in this hierarchy. As all asanas mirror a mind-set, an internal subtle narrative, they can not be more important than others. However everything depends on perspectives. A preparation is required first in order for you to perform certain asanas. Body wise you should go through the foundational asanas or introductory poses such as Tadasada or mountain pose or even savasana or corpse pose before trying something like sirshasana.

In addition, as my teacher Carlos Eduardo says, the asanas start in the mind. It’s the mind that needs to seat on these subtle internal seats before the body. With my own mind only I can incorporate the scenery of the powerful forces of the creation or Uttanapad in the Uttanapadasana or the king inside the lion pose in the simhasana. According to the Rig vedas, the forces that create the entire Universe, that grows and brings the plants up towards the Sun is called Uttanapad and we should be able to meditate on this strength during Uttanapadasana.

Generally they all seem content or a class of ancient and precious teachings that should be absorbed by the practitioner according to his level of comprehension. Therefore certain asanas can not be indistinctively more important than other. All depends... Am I wrong gere?

Tadasana or mountain pose

Alguns asanas mais importantes que outros. Existem isso?


Nao acredito nesta hierarquia entre asanas...Como refletem uma condicao de mente, uma narrativa sutil interna, nao podem ser mais importantes que outros. No entanto, tudo depende de perspectivas. A mim Me parece que sentar nessa condicao interna requer sempre um preparo, uma educacao previa. Em nivel de corpo, para se chegar a cada um dos asanas estudados aqui, e preciso passar pelos asanas ou posturas corporais de fundacao, base como o Tadasana, o savasana ou pose do cadaver etc...

Ainda assim, como disse o meu professor Carlos Eduardo, o asana comeca na mente. E a mente que precisa se assentar nesses assentos sutis. Disto isso, com a minha propria mente apenas posso incorporar a energia e o cenario das forcas poderosas de criacao de Uttanapada ou mesmo a condicao de rei do leao.

De um modo geral, me parece que sao todos conteudos e classes de ensinamentos antigos e preciosos que devem ser absorvidos pelo praticante conforme o seu nivel de compreensao, a sua condicao...portanto, alguns asanas nao podem ser indiscriminadamente mais importantes que outros. Tudo depende...

Sera que estou errada aqui?


LEIA O QUE DIZ MEU PROFESSOR CARLOS EDUARDO:





Esta semana abrimos as aulas chamando sua atenção para um fato que permeia a literatura medieval do yoga: alguns asanas têm destaque especial em relação aos demais. É usual, nesses textos em Sânscrito, a menção a um certo número de asanas, sem citar os nomes, seguida da referência nominal a um punhado de asanas, e finalmente a descrição visual de uns poucos, dentre eles. Os textos dizem, explicitamente, que esses asanas são mais importantes (mukhyatará, shreshtha ou sarabhuta, em Sânscrito) que os outros.


Para alguém que tenha a curiosidade de conhecer melhor os asanas esse fato traz uma inquietação irresistível. Por que razão esses asanas têm mais importância que os outros?

A Hatha Ratna Avali (capítulo 3, frases 8 a 23) apresenta uma lista de 84 asanas (e dá os nomes de todos eles). Depois disso, destaca dez asanas mais importantes, dos quais vai descrever o formato de apenas quatro, que são mais importantes que os outros. Por fim afirma que o mais importante de todos é Siddhasanam, no qual se deve permanecer, sempre.

A Shiva Samhita (III, 84) afirma que há 84 asanas, dos quais são separados (adaya) quatro (siddha, padma, ugra e svastika), que são descritos no texto.

A Gheranda Samhita (II, 1 e 2) menciona que os asanas são tantos quantas são as espécies de seres vivos, e esse número é 84 lakshas (ou seja, 8.400.000). Depois afirma que, entre esses milhões de asanas, são destacados (vishishta) apenas 84. E dentre estes, somente 32 são importantes no mundo dos mortais. São estes últimos que a Gheranda descreve visualmente.

Nos textos originais que tomamos como referência para este curso, nove asanas, apenas, recebem destaque e têm o posicionamento do corpo descrito em quatro ou mais desses textos: Bhadra, Gomukha, Kukkuta, Mayura, Padma, Siddha, Simha, Svastika e Vira. Podemos tomar esses asanas como ponto de partida de nossa reflexão. O que eles têm de especial? O que eles têm em comum?

Com exceção ao mayurasanam, os outros oito asanas, dentre os nove mais frequentes, costumam ser recomendados para a prática de meditação e pranayama, pois são fisicamente representados por posicionamento do corpo assentado com a coluna vertebral verticalizada. Quatro dos nomes remetem a animais (gomukha, kukkuta, mayura e simha). Entre os animais estão a ave símbolo da Índia (o pavão é nativo da Índia) e o leão, que é oriundo da África.

Quatro dos nove asanas mais destacados podem ser usados como adjetivos designando boas qualidades (bhadra = que traz alegria, cordial, bom; gomukha = pacífico, bondoso; siddha = perfeito, bem sucedido; vira = heróico, virtuoso, poderoso).

Seja qual for a explicação que damos ao destaque destes asanas, parece que sempre esbarramos no caráter aparentemente heterogêneo dessa lista. Precisamos, portanto, encontrar elementos de significação que todos esses asanas compartilhem, apesar de suas diferenças.

Um elemento de significação compartilhado por todos eles é, certamente, o potencial que cada um desses nomes tem para criar cenários míticos para a nossa prática. Este é um elemento que você poderá conferir à medida que a leitura mítica de cada um deles for examinada, neste curso.

Mas há outro elemento que eles compartilham, no conjunto: cada um dos nove nomes designa algo que tem o poder de atrair nossa atenção - o que conduz à formação de um foco muito forte em nossa mente: uma pessoa cordial (bhadra), uma pessoa bondosa (gomukha), o porte de liderança do galo (kukkuta), a cauda do pavão (mayura), a beleza da flor de lótus (padma), a pessoa bem sucedida (siddha), o poder do leão (simha), a pessoa que faz tudo parecer bom (svastika) e a pessoa virtuosa (vira). Cada uma dessas nove palavras indica algo que inspira a curiosidade em nossa mente e evoca nossa capacidade de atenção.

Terá sido essa a razão da importância e destaque atribuídos a esses asanas?